5 de fevereiro de 2011

Capítulo Cinco – Descoberta

            Ok, pode até ser idiotice ir atrás de uma coisa que você não sabe o que é e muito menos como destruir. Ta, é idiotice. Mas ele tirou a vida da minha mãe e de muitos outros Caçadores. Eu tinha que tentar. Se eu morresse, e provavelmente eu ia, pelo menos eu morri tentando vingar a morte dela.
            Você pode até pensar que vingança não leva a nada, mas eu não podia deixar que ele vivesse depois que matou a minha mãe. E quando ela foi me salvar. Eu devia isso a ela. Eu sei, essa vai ser uma missão suicida, mas eu tinha que tentar.
            Erick estava falando com Jamie sobre a criatura. Eles tentavam achar o que ela era nos livros antigos.
            - Pode ser um Ciclope. - Jamie comentou.
            - Grande demais e com três olhos. Pode ser uma mistura de alguma coisa. - Erick falou com um suspiro.
            - Do que? Não acho que isso adianta. Não tem registro dessa coisa! – Jamie quase gritou frustrado.
            Eu suspirei. Era inútil. Não havia nada sobre isso. Devia ser uma daquelas coisas que só aparecem uma vez a cada trezentos mil anos. Não estaria em livro nenhum. Eles ainda não perceberam isso?
            - Rebecca, o que foi?
            Eu estremeci com o meu nome.
            - Não me chame mais assim. Eu sou só Belle agora. Nada de Rebecca ou Becca. Só Belle. - eu falei com a voz tremendo.
            Jamie e Erick trocaram um olhar rápido e eu senti o pensamento deles.
            - Estou bem! Não há nada de errado comigo. Só não quero me lembrar dela toda vez que ouvir meu nome, droga! - eu praticamente gritei antes de correr para o meu quarto.
            Ok, eu sei que tinha exagerado, mas não tinha volta agora. Me joguei em cima da cama, contendo as lágrimas. Não podia ficar chorando sempre, tinha uma missão pela frente e isso só mostraria fraquezas. E fraca não era algo que eu era.
            Depois de algum tempo, consegui me recompor e comecei a arrumar as coisas para essa minha "viagem de caça". Reuni todos os equipamentos essenciais para matar as aberrações - pois eu tinha certeza que encontraria algumas pelo caminho -, meu punhal banhado com o Líquido – a substância que matava todos os monstros – e algumas roupas e coisas essenciais. Pulei a janela do meu quarto e entrei no da minha mãe. Tive que me conter outra vez para não chorar e arrombei o estoque de Líquido dela. Depois pulei a janela de volta para o meu quarto e me enfiei em baixo do chuveiro do meu pequeno banheiro.
            Deixei que a água lavasse todo o sangue e algumas lágrimas que deixei escapar. Coloquei meus jeans, meu All-Star azul escuro de cano – o roxo eu só usava para ocasiões oficias – e uma camisa preta; joguei a mochila sobre o ombro e subi em cima da janela.
Foi quando eu ouvi a voz de Erick.
            - Aonde você vai?

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