19 de fevereiro de 2011

Capítulo Treze - Quase Morta Outra Vez

            O que está acontecendo? Por que todos querem me matar? Eu me perguntei.
            - Posso pelo menos saber o porquê?
            - Você é poderosa demais. Agora, com a sua mãe morta, quem representa perigo é você, então eu vou fazer um favor a todos os monstros. – ele disse calmamente.
            Eu suspirei. Isso estava ficando cansativo, quase morrer o tempo inteiro.
            - Bruxos não fazem favores.
            - E Caçadores não andam com monstros. Mas a questão não é essa.
            Ele fez um aceno com a mão e meu corpo paralisou. Eu não movia um músculo sequer. Tentei gritar, mas não saiu som nenhum. Odiava bruxos. Eles nunca jogavam limpo.
            - Encare isso como um favor a você mesma, Rebecca. Sua dor vai sumir. Não era o que queria?
            Eu apenas o fitei. Não que eu pudesse falar, ele ainda controlava meus movimentos.
            Ah, sim. Erick e Jamie? Erick tinha ido caçar, nenhum humano, ele prometeu. E Jamie estava por aí brincando com os poderes de fantasmas. Ou seja, eu estava sozinha nessa.
            O bruxo veio até mim e suspirou. Ele levantou um dedo e o moveu, como se estivesse apertando um botão. Minha cabeça bateu com força na parede. Ele fez o movimento outra vez e minha cabeça bateu de novo. Cada vez que ele movia o dedo, minha cabeça era jogada contra a parede.
            Eu não podia gritar, eu não podia me mexer. Era uma morte horrível e lenta, mas esse era o fim. Eu podia sentir.
            Pelo menos, eu achei que sim.
            O bruxo foi jogado no chão por algo que eu não consegui ver. Sua cabeça foi arrancada do corpo, o sangue jorrando, e seu feitiço sumiu. Minha cabeça latejava fortemente, mas ainda não sangrava. Eu senti mãos frias me erguerem do chão e minha respiração parou na garganta. Era o cara mais lindo que eu já tinha visto. Ele tinha a pele cor de oliva, olhos negros e o cabelo castanho caindo de lado.
            - Você está bem? – ele disse em uma voz melodiosa.
            Então eu vi, duas presas dentro da sua boca perfeita.

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