A primeira coisa que eu vi, foi que eu estava em uma espécie de cela. Eu acordei com umas vozes raivosas. Eles discutiam por algo relacionado a mim.
- Não podemos matá-la! Ela é filha da Becaella!
- E o que você acha que devemos fazer? Esperar que ela nos mate ou que a mãe venha atrás dela?
- Se matarmos vai ser pior.
Eu parei de prestar atenção neles e comecei a procurar alguma saída ou um meio de abrir aquela cela. Foi inútil. O ferro era duro demais, não havia saída, nem um meio de abrir a caixa onde eu estava.
Um vampiro apareceu. Ele era lindo, com o cabelo preto, os olhos verdes e a pele branca.
- Você não vai sair daqui. – ele disse na voz aveludada.
- Não custa tentar.
Ele riu e de repente ouvimos um grito atrás dele. O vampiro rosnou e um anjo apareceu. Ele tinha as asas violeta fechadas e os olhos negros. Ao lado dele estava uma fada, menor que a minha unha, e uma zumbi, que sorria para mim.
- Ela vai com a gente. – a zumbi falou em uma voz doce.
- Não vai, não.
O vampiro atacou o anjo, mas ele apenas o empurrou com a mão, fazendo o vampiro cair inconsciente no chão. Então ele me olhou. Eu o fitei de volta, me perdendo naqueles olhos negros.
- Viemos te salvar, então, não ente nos matar. Somos seus amigos. – a zumbi disse com um sorriso.
Eles me levaram para uma espécie de cabana. Era grande o suficiente para caber cada um de nós sentados no chão.
- Quem são vocês? – eu perguntei.
- Eu sou Daniel. – o anjo disse. – A fadinha aqui é Lilly e a zumbi é a Serene. Gostamos de dizer que somos super heróis. Salvamos as pessoas que os vampiros capturam.
Isso era estranho. Aberrações que salvam pessoas indefesas? Não fazia sentido.
- Por quê?
Daniel deu de ombros.
- Não achamos justo. Eles prendem as pessoas e as torturam, se alimentam delas aos poucos. – ele estremeceu.
Eu assenti. Minha vida estava confusa demais, não ia me importar com três aberrações que bancavam os heróis.
- Bem, obrigada. Mas eu tenho que ir. Meu irmão deve estar preocupado.
A zumbi, Serene, me olhou desconfiada.
- Sabemos que é uma Caçadora. E que é a filha da Becaella. E também sabemos como te matar, então não tente nada.
Eu revirei os olhos.
- Eu só quero ir para casa. Pouco me importo com vocês. Contanto que não matem ninguém, humano, eu não vou fazer nada contra vocês. E vocês salvaram minha vida, então... Ela sorriu.
- Sendo assim, vamos te levar para casa.
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